Contexto histórico
Em 1961, o advogado João Belchior Marques Goulart, popularmente conhecido como Jango, finalmente assumiria, de forma democrática, a Presidência do Brasil, após ser vice de Juscelino Kubitschek e posteriormente de Jânio Quadros. Jango, durante sua jornada como Chefe de Estado, sofreu muita pressão por causa do parlamentarismo, isso porque o acusavam constantemente de ser comunista.
Seu mandato teve fim no dia 31 de março de 1964, com um golpe de Estado realizado pelo alto escalão do Exército. Nesse dia, às 23 horas, o General Olímpio Mourão Filho saía de Juiz de Fora, com destino ao Rio de Janeiro, para prender o presidente, João Goulart. O historiador e professor, Alfredo Rosa, conta sobre este episódio “João Goulart estava no Rio, pega um avião e vai para Brasília. Quando ele chega em Brasília, a história que eu conheço é essa, que quando ele abre a porta do avião e desce da escada, estava o comandante da força aérea perguntando: ‘Presidente, o senhor quer que eu bombardeie os revoltosos?’, e o João Goulart falou ‘Não. Eu não quero sangue brasileiro derramado’. Ai nessa brincadeira os caras viram que ele era fraco, e começou todo mundo ir [de acordo] com o golpe”.
Com a recuada do então presidente Goulart, o último democraticamente eleito até 1985, a ditadura brasileira teve início com a sua deposição.
Um ponto importante a se abordar, são os Atos Institucionais. Assim que o golpe de 64 acontece, temos o AI-1, responsável pelo fim das eleições, em que Castelo Branco estaria dentro da lei para governar o país. O AI-2 acaba com os partidos, e “instituiu” as eleições indiretas para presidência. O AI-3, tira as eleições diretas para governador e prefeitos. O AI-4 cria a Constituição de 67, a qual coloca todos os outros Atos, nessa constituição.
Por fim, temos o AI-5, outorgado em 1968 por Costa e Silva. Nele temos o momento mais “duro” da ditadura. Este foi o responsável por fechar o Congresso por tempo indeterminado, algo que nenhum outro havia feito. Mas isso será mais abordado mais para frente.
Chegando próximo da Copa de 1970, em 1969, Emílio Garrastazu Médici, é eleito, de forma indireta, o Presidente do Brasil.
Com o contexto dado, vamos seguir para o México, onde a seleção brasileira, considerada por muitos a melhor da história, seria campeã do mundo pela terceira vez.